Para entender a diferença entre um medidor de energia elétrica convencional e um medidor de qualidade de energia, é preciso considerar suas principais características e aplicações.
Presentes em residências, indústrias e outras modalidades de consumo ou geração de energia elétrica, os medidores desempenham um papel fundamental na medição de energia. Existem dois tipos principais de medidores: eletromecânicos e eletrônicos. Estes podem ter configurações monofásica, bifásica e trifásica, além de variações nos tipos de ligações (direta ou indireta) e classes de exatidão distintas.
Os medidores eletromecânicos funcionam por meio de indução magnética. Basicamente, a corrente elétrica que passa pelas bobinas gera um campo magnético que faz girar o elemento móvel, o disco. O consumo de energia é registrado com base nas rotações realizadas pelo disco, utilizando ponteiros ou dígitos de registro. Ou seja, o registro do consumo está diretamente ligado ao movimento mecânico das partes que compõem o medidor.
Já os medidores eletrônicos registram o consumo transformando as entradas de tensão (V) e corrente (A) em sinais digitais. Com circuitos integrados e outros componentes eletrônicos, esses medidores são mais precisos no registro do consumo. Além disso, oferecem vantagens como a possibilidade de comunicação com outros dispositivos e o armazenamento de dados. Além do registro de energia elétrica (Wh), outras grandezas também podem ser mensuradas.
Contudo, em alguns casos, é necessária uma análise mais detalhada das medições, focada na avaliação de indicadores de qualidade de energia elétrica (QEE), com metodologias específicas para a coleta de dados e limites estabelecidos. Para isso, utilizam-se medidores eletrônicos de qualidade de energia. Estes devem atender aos protocolos definidos por normas (ABNT NBR IEC 61000-4-30) e pertencer às classes A e S, entre outras características.
Em resumo, os medidores convencionais são usados para registrar o consumo ou geração de energia elétrica, enquanto os medidores de qualidade de energia monitoram a qualidade do fornecimento. A partir da análise das informações armazenadas, são criados indicadores, e, se necessário, ações corretivas são realizadas no sistema.
Diante disso, surge a dúvida: como saber se os medidores atendem aos limites ou critérios de aceitação (exatidão) definidos por norma?
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Referências Bibliográficas:
ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR IEC 61000-4-30: Técnicas de ensaio e medição - Métodos de medição de qualidade de energia. Rio de Janeiro. 2023.
ANEEL, Agência Nacional de Energia Elétrica. Regras e Procedimentos de Distribuição (Prodist), Módulo 8 - Qualidade do Fornecimento de Energia Elétrica. Atualizado em 04/05/2022. Disponível em: https://www.gov.br/aneel/pt-br/centrais-de-conteudos/procedimentos-regulatorios/prodist. Acesso em 07 de junho de 2024.
Autor:
Weslley Lino Marques - Coordenador Técnico na 3C Services S/A.
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